Dia do Cinema Brasileiro inspira reflexão sobre iniciativas no cenário audiovisual na Capital Turística
DIA DO CINEMA BRASILEIRO INSPIRA REFLEXÃO SOBRE INICIATIVAS NO CENÁRIO AUDIOVISUAL NA CAPITAL TURÍSTICA
Aspirações marcadas por festivais de cinema, experiências educacionais e produções que já revelaram atores nacionais, podem ganhar novos enquadramentos com a Lei Paulo Gustavo.
Por: Imprensa Oficial Piratuba
Luzes, câmera, ação: Assim é a sétima arte, posicionada desta forma, por ter sido concebida em sétimo lugar no ranking histórico dos acontecimentos que deram luz à arte. Considerada uma arte interdisciplinar, por conseguir congregar as demais expressões, o cinema, muito embora pareça estar distante da realidade da maioria das pequenas cidades brasileiras, em Piratuba, ele já fez história e garantiu a revelação de muitas memórias.
Esta relação com a sétima arte na Capital Turística, está na lembrança dos mais velhos às sessões de cinema local, especialmente na segunda metade do século passado, onde uma sala nobre em um prédio de madeira, em plena entrada da Avenida Dezoito de Fevereiro, atual centro histórico, foi o ponto de partida de grandes amizades e eternos romances., que duram décadas.
Nesta segunda-feira (19), a data que marca o Dia do Cinema Brasileiro, também nos remete às lembranças de um cineasta brasileiro, apaixonado por Piratuba: Rogério Sganzerla, o cineasta joaçabense conhecido internacionalmente, que faleceu em 2004, costumava passar semanas em Piratuba, sempre que visitava o Sul.
A Capital Turística também marcou a história brasileira da sétima arte, com a realização Festival Nacional de Cinema e Vídeo Rural, que ao longo da trajetória, teve edições nos anos de 2007, 2010 e 2011.
O festival motivou a jornalista piratubense Cleide Matielo, como precursora nas produções documentais locais. Na época, recém-formada a profissional teve a obra Tem de Memórias, documentário sobre a colonização local, premiada na edição de 2007 do evento da sétima arte.
O concurso de filmes também inspirou projetos inovadores como a trilogia Nos Trilhos do Trem: A história de um povo, que garantiu a produção de três filmes experimentais, em que estudantes da Rede Municipal de Ensino, deram vida aos personagens. O trabalho da professora Cláudia Aparecida Port, está disponível nas plataformas digitais e motiva crianças até os dias atuais.
Em 2009, veio o primeiro documentário profissional, gravado em Piratuba: Heimatland & a História do Kerb, fez grande sucesso em sessão local e estreou nacionalmente em rede nacional, pela TV Senado em 2010.
Em seguida vieram obras como Memorável Trem de Ferro, que resgatou a saga dos cem anos da Ferrovia São Paulo – Rio Grande, exibida em 13 redes nacionais de televisão, incluindo Rede Vida, TV Aparecida, Terra Viva, Canal do Boi e a Band Internacional.
Merece destaque especial, a obra Primeiro Assalto ao Trem Pagador, projeto que envolveu as cidades catarinenses de Piratuba e Pinheiro Preto, integrando diversos artistas locais, marcando a estreia de Gabriel Sater, ator que recentemente fez grande sucesso, interpretando Trindade, na novela Pantanal da Rede Globo.
Na época das gravações em Piratuba, o artista Gabriel Sater foi recepcionado por empresários, hospedou-se na rede hoteleira local e ainda visitou a Escola Amélia Poletto Hepp e a Casa da Memória.
No ano que passou, Piratuba teve cenas em destaque no longa-metragem Ódio, comproduzido por Ernoy Mattiello, em cartaz na plataforma do Prime Vídeo. Já para este ano, a expectativa é pelo lançamento da série de televisão A Linha da Memória, a qual teve locações em Piratuba e deve estar disponível no segundo semestre de 2023.
Outra iniciativa que se integra aos esforços privados é Lei Paulo Gustavo, cujos editais já estão em fase de discussão e devem trazer novos olhares para a cultura do audiovisual e sobretudo ao cinema, que muito embora não seja uma característica predominante em Piratuba, tem contribuído significativamente para a difusão cultural e resgate histórico.
A história por trás da data do Dia do Cinema Brasileiro:
Em 19 de junho de 1898, Afonso Segreto, um italiano radicado no Brasil, voltava ao Rio após um período em Nova York e Paris. Nessa viagem havia comprado filmes para exibir na então capital e equipamento para produzir seus próprios curtas, na época chamados de “vistas”. E começou antes mesmo de desembarcar: a bordo do navio que o trazia, Afonso registrou imagens da entrada da baía de Guanabara. A data ficou conhecida por marcar as primeiras filmagens no país, razão pela qual se comemora nesta data, o Dia do Cinema Brasileiro, fazendo uma alusão especial aos exatos 125 anos deste importante acontecimento para a sétima arte no Brasil.